LIGUE O SOM

domingo, 14 de março de 2010

O mundo,a vida, os dias

Ontem, como de costume, fui a um barzinho aqui da cidade onde termino minha faculdade, chamado Favela Chic, que costuma ter como atração principal o bom e velho rock and roll. A banda em questão chama-se Baltazares, que mescla covers com músicas próprias.
A energia do pub em questão, apesar de altamente alcóolica, é sempre de muita paz. Um sentimento de fraternidade onde todos estão ali para curtir um bom som, dançar e tomar uma cervejinha.
Ontem, entretanto, me surge um rapaz, que pelo estereótipo, já não era a cara do local. Trajava camisa social (???). Num lugar tão alternativo como aquele não fazia sentido. Enfim. Eis que no auge da noite, que era de aniversário do bar, após o vocalista ter subido no balcão e nas mesas pra cantar, esse rapaz estranho me começa a dançar um "hard core" solitário. Chutando e socando o ar na frente do palco. Aparentemente muito louco tocando sua guitarra invisível. Caindo no palco derrubando o microfone, o que de forma amigável foi recebido pelo vocalista da banda com uma risada do tipo: -"Que louco!" ou -"Que cara bebado! ".
De repente, não mais que de repente, o sujeito me mete uma bica nos banquinhos e na mesa, jogando os bancos pro ar, quebrando copos e garrafas...O som, então é suspenso e o vocalista, já puto, indica a saida do bar para o incoveniente rapaz. E duas músicas após termina a noite de uma porçào de frequentadores assíduos do bar, bem como de admiradores da banda.
Surpreendente como que o mundo se encarrega de colocar pessoas para estragar a energia positiva do momento. No auge da diversão aparece um Sr. Caos para interromper os sorrisos.
No momento existe um fulaninho que se aproveita da loucura para levar um sujeito simples e bacana, junto ao seu filho para a companhia de Deus, como no caso de Glauco-quadrinista.
No momento vem um fdp pra roubar seu carro e quando você nota, voltando super feliz para casa, a vaga onde estava o seu carro, se encontra vazia. Como foi com o meu carro, há umas semanas.
Fico pra entender o porquê. Qual a parte boa de ser "estraga-prazer"? Onde está a emoção de acabar com a felicidade de outro? Qual a positividade disso tudo?
Acho que estou assim após assistir Avatar. Acredito de verdade que existe uma sincronia entre nós e a natureza. Acredito que ela deva ser mantida para estabilidade. Mas o homem...o tosco do homem, nunca entende isso. É um tanto de vaidade com um pouco de status. Perdeu-se o respeito pelo alheio. É como um trator que se voê bobear passa-te por cima.
Enfim....
"O que importa é ser feliz e mais nada!"
Hoje me encontro um tanto indignado.

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