LIGUE O SOM

quarta-feira, 31 de março de 2010

29 Quilômetros Rodados


Os dias são assim. Passantes. Ora nublados, ora num ensolarado que só. Talvez seja para que haja reflexão. Para que a gente pare mesmo, para pensar no que está acontecendo e a partir daí fazer uma perspectiva de como encarar o que virá d'agora pra frente.
É como se de tempo em tempo a maturidade te fizesse analisar calmamente a vida.
E então vou com o rio. Lentamente me adaptando. Feliz com as correntezas e curvas.
Hoje me pego tirando o pozinho que restou debaixo do sofá para receber o amor. Preparado mais uma surpresinha. Dia cansativo com intúito de um sorriso breve que seja. Agora não penso mais na vida bandida (que não tem nada a ver com traição). Tento passar por cima das coisas que antes eram o máximo. A farra da perdição agora toma uma nova versão.
Tchura ru tchaini Tchura ru tchaini.
Cantarolando para os caminhos que sigo na manhã. Sorrindo sozinho da músicalidade das aves nos postes.
Agora sim! Melhor. Feliz. Posso dizer que acabou todo o tormento que minha cabeça colocava a prêmio.
É o rio tranquilo de sempre, mas com um pouco mais de km rodados. 29 km.
Vamos que vamos. Cortando os caminhos da imensidão de vida.
Precisava trepanar por aqui.

domingo, 28 de março de 2010

Down in a hole

A vida inteira o que eu mais quis foi não errar. Contraditoriamente foi o que eu mais fiz nesses anos. Talvez por agir sem pensar, devido a busca intensa pelo viver, pelo momento. As vezes penso que a mim falta um pouco de neurônio ativo. Talvez me falte um pouco de paciência para suportar a ansiedade de aproveitar o presente.
Não sei se há em algum lugar explicações para os erros. Provavelmente não exista uma explicação.
Fato é que quando se quer muito uma coisa e se coloca essa coisa acima de tudo, ela tem que ficar acima de tudo. Por mais que eu discorde do pensamento fixo, tem que ser assim. Não da pra dizer que ama e que ela é a coisa mais importante, se num momento idiota esquece-se disso e deixa que a vida me conduza de forma incontrolável.
Mas bato na tecla: É A COISA MAIS IMPORTANTE!!!
Falta a mim um pouco de maturidade para crescer e aceitar o que meu coração mostra insistentemente para mim.
Preciso deixar de ser o sete de copas para ser o oito. Centro! Apenas isso me é necessário.
Acredito de fato ser uma coisa muito complicada e talvez difícil, mas quando se ama e se quer, se pode.
Me apego agora no que sempre me manteve perto dela. Me apego à felicidade. É em busca dela que eu vou agora. Cegamente. Não quero olhar para os lados. Dane-se as consequências.
O caminho é a saida do buraco. Não importa a profundidade que ele se encontra.
Amo, amo, amo, amo e pronto. Acabado!

quarta-feira, 24 de março de 2010

domingo, 21 de março de 2010

Sábado classe A


Putz. O corpo hoje está um tanto quanto machucado. É isso mesmo que você está pensando: -"ontem eu apanhei". E o pior é que ela foi tão sedutora que não resisti aos encantamentos e me deixei levar. Hoje estou como estou. Tudo culpa daquela peladinha. O que fazer quando se está enferrujado e resolve encarar um desafio desses como se fosse um expert noassunto???
Ontem de manhã fomos a chacara de um amigo jogar uma boliha de leve com uma galerinha bacana. E foram algumas horas que se fossem filmadas daria um clássico pro "bola murcha". Quantas jogadas inacreditáveis. Toque de escanteio pra fora, drible em si mesmo, bolas penadas pra fazenda ao lado.....enfim um clássico de pernas-de-pau.
O que resultou na minha condição matinal de hoje...quebrado! Dor na perna, nas costas e nos ombros. Me senti como se eu fosse o meu avô batendo uma bola com os amigos. Foda. E olha que não ando sedentário. Academia 3x na semana.
Enfim, vou aqui me levantando, esticando o corpo, espreguiçando, alongando, coloco bermuda e o manto sagrado e vou sair pra tomar um café. Hoje tem Flamengo e Chorafogo. Adoro futebol, principalmente quando estou sentado no sofá. Sacanagem....

sexta-feira, 19 de março de 2010

De volta ao começo

Coisas do passado mas que quando vi achei que cairiam como uma luva aqui novamente. Quando criei o blog no ig, ainda, procurei por um nome...uma idéia que se parecesse comigo, pelomenos na essência e eis que me deparei com uma música muito bacana:

VILA DO SOSSEGO
(Zé Ramalho)

Oh! Eu não sei se
Eram os antigos que diziam
Em seus papiros papillon já me dizia
Que nas torturas toda carne se trai
E normalmente, comumente,
Fatalmente, felizmente
Displicentemente o nervo
Se contrai Oh!....com precisão
Nos aviões que vomitam
Pára-quedas
Nas casamatas, casas vivas
Caso morras
E nos delírios meus grilos temer
O casamento, rompimento
Sacramento, documento
Como um passatempo quero
Mais te ver Oh!...com aflição
Meu treponema não é
Pálido nem viscoso
Os meus gametas se
Agrupam no meu som
E as querubinas meninas rever
O compromisso submisso
Rebuliço no cortiço
Chamo o padre Ciço para me benzer
Oh!...com devoção.

A VACA

Sabe aquela pessoinha que te irrita todo dia. De preferência uma que esteja numa perfeita forma de obesidade mórbida. Chata por natureza. Sem educação por costume. "Acho muito bonito isso". Então, essa é a minha homenagem..a ela: aquela...VACA!

quinta-feira, 18 de março de 2010

Erro


Bastam segundos para que uma dor lancinante corte o coração.
O dia começa andando pelas ruas. A alegria do momento é tamanha que parece que o mundo é uma caixa de som e nela está tocando - "We all live on yellow submarine, yellow submarine, yellow submarine." Subo ao hospital a pé, tranquilo. Com uma leve preguiça do amanhecer. Percorro as ruas e avenidas. Vejos os carros passado. Cruzo com postes. Escuto o cantar matinal das aves. O dia começando de uma maneira lúdica.
No hospital, aprendi a não ter coração. O sofrimento das pessoas é só uma coisa imediatista. Estou alí para prestar uma ajuda e não para consolar. Mesmo que isso aconteça em algumas situações adversas. Não há dor para a minha pessoa. Vejo o sofrimento alheio como um desafio a ser desvendado. Mas assumo uma boa felicidade quando o bem estar do doente é conquistado. Alívio para ele, penso!
Alguns desentendimento acontecem num lugar onde o ego e o status constantemente dividem o lugar. Mas isso é passageiro. Relevo com o tempo. Volto a caminhar pela rua.
O caminho até o almoço é um tanto chato. Acaba-se o momento de devaneios. Concentrado penso em me livrar logo do sol que corroi meu cérebro e minha nuca.
Restaurante, prato do dia, revista, talheres, ..., ..., prato, mastigo. Nenhuma palavra. Talvez um "oi tudo bem?"e mais nada. Termino, levanto, pago, e volto pra casa.
Aí, aqui eu viro, de novo, um macunaíma. E aí que preguiça. É o tédio de quem mora sozinho.
Assisto uma tela para dar sono, como ocorre de rotina.
...
Acordo para ver o dia passar.
O telefone toca. As palavras são de muito carinho e amor.
De repente, após um dia comum, num momento extremamente adverso, um comentário e uma lágrima.
Em um segundo uma dor lancinante corta meu coração. Porque o amor as vezes doi!

domingo, 14 de março de 2010

O mundo,a vida, os dias

Ontem, como de costume, fui a um barzinho aqui da cidade onde termino minha faculdade, chamado Favela Chic, que costuma ter como atração principal o bom e velho rock and roll. A banda em questão chama-se Baltazares, que mescla covers com músicas próprias.
A energia do pub em questão, apesar de altamente alcóolica, é sempre de muita paz. Um sentimento de fraternidade onde todos estão ali para curtir um bom som, dançar e tomar uma cervejinha.
Ontem, entretanto, me surge um rapaz, que pelo estereótipo, já não era a cara do local. Trajava camisa social (???). Num lugar tão alternativo como aquele não fazia sentido. Enfim. Eis que no auge da noite, que era de aniversário do bar, após o vocalista ter subido no balcão e nas mesas pra cantar, esse rapaz estranho me começa a dançar um "hard core" solitário. Chutando e socando o ar na frente do palco. Aparentemente muito louco tocando sua guitarra invisível. Caindo no palco derrubando o microfone, o que de forma amigável foi recebido pelo vocalista da banda com uma risada do tipo: -"Que louco!" ou -"Que cara bebado! ".
De repente, não mais que de repente, o sujeito me mete uma bica nos banquinhos e na mesa, jogando os bancos pro ar, quebrando copos e garrafas...O som, então é suspenso e o vocalista, já puto, indica a saida do bar para o incoveniente rapaz. E duas músicas após termina a noite de uma porçào de frequentadores assíduos do bar, bem como de admiradores da banda.
Surpreendente como que o mundo se encarrega de colocar pessoas para estragar a energia positiva do momento. No auge da diversão aparece um Sr. Caos para interromper os sorrisos.
No momento existe um fulaninho que se aproveita da loucura para levar um sujeito simples e bacana, junto ao seu filho para a companhia de Deus, como no caso de Glauco-quadrinista.
No momento vem um fdp pra roubar seu carro e quando você nota, voltando super feliz para casa, a vaga onde estava o seu carro, se encontra vazia. Como foi com o meu carro, há umas semanas.
Fico pra entender o porquê. Qual a parte boa de ser "estraga-prazer"? Onde está a emoção de acabar com a felicidade de outro? Qual a positividade disso tudo?
Acho que estou assim após assistir Avatar. Acredito de verdade que existe uma sincronia entre nós e a natureza. Acredito que ela deva ser mantida para estabilidade. Mas o homem...o tosco do homem, nunca entende isso. É um tanto de vaidade com um pouco de status. Perdeu-se o respeito pelo alheio. É como um trator que se voê bobear passa-te por cima.
Enfim....
"O que importa é ser feliz e mais nada!"
Hoje me encontro um tanto indignado.

sábado, 13 de março de 2010

Rebordose

Pra dar início ao blog de cara nova, digo que bom seria se hoje eu estivesse inserido em uma das imagens do layout do blog, mas não...Hoje me encontro num lugar estranho. Num mundo depressivo, amargo, solitário e um tanto quanto ácido e azedo. Me encontro mole e fraco. Um tanto quanto zonzo. Não diria arrependido, mas talvez chateado.
Balelas!
Hoje eu me encontro como uma das pricipais personagens de um grande autor de quadrinhos chamado Angeli: a querida Re Bordosa. Todos que são um tanto quanto chegados ao alcool e a vida mundana da noite, já passaram por situações como essa de se afogar na cama em toneladas. Encher a cara com copos d'agua para matar a boca seca. E acordar pesado, sem entender direito o que está acontecendo e o que aconteceu de verdade.
-"Onde eu estoooou?"
Pensando nisso e em todas as ressacas e Re Bordosas, chego a conclusão que tenho que mudar de vida....preciso urgente....de uma BANHEIRA!